Quem trabalha seriamente com Marketing não tem tempo para piscar. É preciso estar de olhos bem abertos para cada movimento do mercado.
Enquanto muitas empresas ficam se engalfinhando pelo consumidor jovem e millennial, outras já começaram a perceber um novo público, que hoje tem mais tempo e dinheiro para consumir: a terceira idade.

Com maior expectativa de vida e o aumento da renda nos últimos 10 anos, o brasileiro está vivendo com mais qualidade por mais tempo.

No Brasil, são cerca de 19 milhões de pessoas acima de 60 anos de idade, que possuem um potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões. Esses consumidores sentem-se, muitas vezes, abandonados pelas marcas, já que quase nunca são representados na publicidade.

Segundo relatório do Mundo do Marketing: “Em um país que envelhece rapidamente como o Brasil, não enxergar o potencial deste público pode representar uma falha estratégica.”, considerando que, a maioria vive de aposentadorias e pensões, muitos ainda se mantém no mercado de trabalho, aumentando ainda mais seu poder aquisitivo.

Outra novidade que as marcas ainda estão tendo certa dificuldade em administrar sobre este imenso público, é a presença deles nas redes sociais.

O Facebook caiu no gosto da terceira idade, que passa horas na rede social, curtindo e compartilhando conteúdo de empresas e acompanhando as publicações de filhos e netos.

Saber falar de forma correta com esse novo consumidor não é tão fácil, já que ele não quer ser tratado como aquela pessoa dependente e com limitações que fica o dia todo na frente da TV e só precisa de remédios e convênios médicos. Este público hoje tem saúde, experiência e autoestima, quer conveniências e exige respeito.

Com esses dados, pode-se concluir que ao planejar um novo negócio, produto ou serviço, o empreendedor que quiser alcançar o sucesso não deve deixar de lado o público sênior, além de buscar atender a pelo menos uma das seis chaves do sucesso citadas pela Harvard Business Review Brasil: ser um produto ou serviço personalizado (Uber), apresentar um processo de circuito fechado (Ricoh Pay-per-page), representar um compartilhamento de ativos (ex.: Airbnb), apresentar preço baseado no uso (Google Adwords), resultar num ecossistema mais colaborativo (Natura) e/ou ser uma organização ágil e adaptável (Zara).

Algumas das empresas que despontam no momento atendem até 2 ou mais destas chaves, tornando elas mais fortes, com melhores resultados de aceitação do público e de crescimento financeiro.
Levando em consideração o público da terceira idade, a chave da personalização tem se revelado decisiva na hora da escolha.

Na América Latina, são mais de 40 milhões de pessoas com mais de 65 anos (7% da população) e projeta-se que este número dobre até 2020. Esse imenso potencial de consumidores está cada vez mais ciente da sua importância para o mercado, exigindo que as empresas ofereçam alternativas de produtos e serviços que atendam suas novas necessidades.

Assim, alguns dos requisitos deste novo consumidor que podem ser o gatilho para um negócio de sucesso são: instalações acessíveis, letras maiores em preços, menus e informações nutricionais, alimentos específicos para dietas restritivas, embalagens com porções menores e mais fáceis de abrir, aparelhos eletrônicos e celulares com números maiores, serviços de transporte, de vivência e de assistência, assessoria administrativa de bens e investimentos, entre outros.

Dessa forma, é preciso estar atento antes de abrir uma empresa ou definir coisas que parecem simples, como uma embalagem. Quanto mais o seu público for estudado e conhecido, melhores serão os resultados alcançados.

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Fonte:

. Mundo do Marketing
. Portal da Terceira Idade
. istoé.com.br 
. 5 Insights que você precisa saber sobre a América Latina – Nielsen 2016
. Revista Harvard Business Review Brasil (out/2016)